Setor já ultrapassa as 380 empresas e, em, 2019, último ano de que existem dados disponíveis, já faturava 4,75 mil milhões de euros e valia 2% das exportações nacionais.
Quando se pensa em iDefesa pensa-se em armas, veículos militares ou submarinos, uma infinidade de outros setores envolvidos. São mais de 40, na verdade, e vão desde o setor primário, com as rações de combate, à construção, passando por tudo o que são serviços de apoio, designadamente na Saúde, ou o fabrico de fardas e de equipamentos de proteção individual.
O leque é alargado e Portugal tem todas as condições, acredita o Governo, para" integrar grandes contratos de defesa, nomeadamente através do fornecimento de componentes essenciais aos sistemas de armas", caso a reindustrialização europeia se faça com planos de rear- mamento. Depois de cinco décadas de desinvestimento, ou adormecimento, é tempo de atalhar caminho e tirar partido do pacote de 800 mil milhões de euros que Bruxelas quer mobilizar para a defesa europeia.
Mas do que falamos quando abordamos a chamada Economia da Defesa em Portugal? De um universo "muito diversificado" de empresas e de centros de investigação tecnológica e de formação que abrange 40 setores de atívidade distintos. Os dados mais recentes, publicado em 2021, indicam-nos que se trata de 350 empresas e de 61 entidades de I&D e de Educação e Formação. Quase 60% são empresas de serviços e só pouco mais de 26% são entidades industriais.
Embora estes dados estejam a ser atualizados, os que existem mostram que as empresas que operam na Economia de Defesa são maiores do que as restantes, têm recursos humanos altamente qualificados e que auferem salários que são quase o dobro da média nacional. Ou seja, enquanto 99,4% das empresas portuguesas são micro ou pequenas entidades, na Economia de Defesa esse número é de apenas 65,7%. As grandes representam 11,4% deste universo, contra os 0,1 % de peso que têm no tecido empresarial nacional.
Em 2020, a faturação total agregada deste universo foi de 4,75 mil milhões de euros, dos quais 40,2% foram as vendas para clientes de Defesa. No ano anterior era de 39,8%. Já o salário médio que pagam é de 1595 euros mensais, versus os 808 euros da média das empresas portuguesas. E se é verdade que um dos desafios maiores que este setor tem é o de aprofundar a internacionalização da Economia de Defesa, já que o Estado português continua a ser o seu principal cliente, não é menos certo que, entre 2010 e 2019, as empresas da economia de Defesa mais do que duplicaram as vendas ao exterior, passando de 886 milhões para 1883 milhões de euros. O peso delas no total das exportações nacionais passou de 1,6% para 2% em 2019.
O presidente da IdD Portugal Defence, holding estatal que pretende "tornar a Base Tecnológica e Industrial de Defesa num player internacional relevante", assume que estes números pecam por defeito e diz que em causa estarão, pelo menos, 380 empresas e cerca de 40 mil trabalhadores.
Garantido é que esta é uma área em expansão, depois de 50 anos de quase abandono, após o fim da guerra colonial em África. "Com o 25 de Abril, e o fim da Guerra do Ultramar, houve um natural desinvestimento, mas depois o processo [de investimento] nunca foi retomado.
Basicamente procurava-se substituir o que chegava ao fim de vida, mas sempre houve, quer em Portugal quer no resto da Europa, aquela lógica de que estávamos sob o guarda-chuva americano e não tínhamos que nos preocupar", refere Ricardo Pinheiro Alves, acrescentando que, com a queda do muro de Berlim, "se entrou, nos anos 90, numa lógica de paz perpétua kantiana, e na convição de que não haveria mais conflitos".
O tempo veio mostrar que a guerra pode estar, apenas, a dois passos. Primeiro foram os conflitos na Geórgia, em 2007, depois a anexação da Crimeia, em 2014, e a invasão da Ucrânia, em 2022, todos envolvendo a Rússia e tornando claro, para muitos dos países à volta, que o país e o seu presidente, Vladimir Putin, podem ser um risco a qualquer momento.
"Nós estamos mais próximos da guerra do que as pessoas tendem a pensar. É verdade que estamos do outro lado da Europa, mas temos vários parceiros da NATO que fazem fronteira com a Rússia, designadamente antigas regiões soviéticas, como os estados do Báltico, ou países que estiveram sob influência soviética, como a Polónia e a antiga República Checa, que, se forem alvo de algum tipo de ataque, somos obrigados a ir defendê-los", lembra o presidente da IdD Portugal Defence, sublinhando que aper- ceção do risco e da insegurança é muito superior em Varsóvia do que em Lisboa.
E, por isso, os países que mais investiram em Defesa, nos últimos anos, foram os do Leste. "Portugal, infelizmente, em 2022 e em 2023, em vez de estar a convergir em direção aos 2% do PIB em gastos anuais com a Defesa, registou um afastamento. A NATO ainda não disponibilizou estes dados, mas vão ser divulgados muito em breve, e indicam que estamos a reduzir o nosso investimento em termos de percentagem do PIB.
Andaremos, provavelmente, nos 1,49%", sustenta.
Para este responsável, são dois os desafios que Portugal: aproximar ainda mais a indústria dos vários ramos das Forças Armadas, pondo-os a dizer às empresas o que precisam, para que estas possam responder a essas necessidades; e alargar a base da indústria, aumentando o número de empresas e a sua dimensão, de modo a que consigam economias de escala.
Já o General Luís Valença Pinto, antigo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, lembra que a Europa, durante muitos anos, "desconsiderou as questões do investimento em Segurança e Defesa, vivendo tranquilamente no conforto da proteção americana". Agora, com as relações entre os dois blocos em crise, a Europa "tem que olhar por si, o que significa gastar mais, gastar melhor e sobretudo gastar mais em conjunto e no que é europeu". A grande questão, admite o atual presidente da EuroDefense Portugal, é como que se consegue que os cidadãos europeus aceitem o que se espera que seja "um aumento bastante significativo" dos gastos em Defesa.A solução passa por exemplificar que estas despesas, "se forem bem feitas, são um investimento, que pode gerar retorno". E cita estudos que mostram que, por cada euro investido nesta área, o retorno esperado pode ser de três a quatro euros.
E se é verdade que o bolo que se espera que haja de dinheiro europeu para investir é grande, é preciso ter noção que "o que for para o terreno hoje só dará fruto daqui por cinco ou oito anos", o que significa que, até lá, aEuropavaiter que arranjar maneira de poder continuar a contar com os americanos. "ADefesa tem uma característica muito curiosa. É muito rápido e muito simples destruí-la, é muito moro e complexo levantá-la", sublinha o líder da organização não-governamental que tem como principal missão promover o estudo, a reflexão e o debate sobre a política europeia de Segurança e Defesa.
Sobre as empresas portuguesas que operam nesta área, o General Valença Pinto fala numa indústria "pequena, mas altamente sofisticada e com um elevado nível de investigação e desenvolvimento associado". Falta-lhe escala, o que obriga a que, "com poucas exceções, terá de intervir neste processo europeu sob a forma de consórcios".
Tal como os restantes interlocutores, também o Ministério da Defesa está convicto de que o atual contexto geopolítico mostra que "o reforço do pilar europeu de defesa da NATO é uma questão estratégica, que Portugal deve saber ler como uma oportunidade". Os investimentos na Base Tecnológica e Industrial de Defesa (BTID) "reforçam as nossas capacidades no contexto das nossas alianças e geram retorno financeiro" garante fonte oficial do gabinete de Nuno Melo.
Mais, "se a reindustrialização europeia se der com os planos de rearmamento, através das necessidades de produção e sustentação, Portugal está numa posição cimeira para integrar grandes contratos de defesa, nomeadamente através do fornecimento de componentes essenciais aos sistemas de armas", acrescenta.
Sobre as áreas em que o país se pode diferenciar, o Ministério da Defesa diz que "Portugal possui um capital humano altamente qualificado, com cientistas e engenheiros de excelência em I&D, destacando-se nas áreas das comunicações com cifra com utilização de nós quânticos (como o Project Discretion), aeroespacial e no cluster de drones aéreos, terrestres e marítimos - de superfície e submarinos - com uso de inteligência artificial". Mas não só.
Aponta, também, as oportunidades para o setor têxtil, o desenvolvimento de software e de diferentes sistemas (comunicações, comando e controlo, treino e simulação, etc), a engenharia de precisão, blindagem e proteção individual, recorrendo a materiais compósitos, ou a manutenção, revisão e modernização de plataformas nos três domínios operacionais, aéreo, marítimo e terrestre. Sem esquecer o "histórico robusto" que Portugal tem no setor automóvel. "Verifica-se uma tendência, especialmente em países como a Alemanha, de conversão de unidades deste setor para a Defesa Nacional, o que poderá representar uma oportunidade para Portugal, que já desempenha um papel relevante na cadeia de valor automóvel, nomeadamente ao nível das componentes", sublinha o Ministério.
Questionado sobre o que foi feito nos 11 meses que o Governo esteve em atividade, o gabinete de Nuno Melo diz que "promoveu um ambiente de captação de investimento em múltiplas áreas, da produção de munições à aeronáutica, passando por veículos autónomos e outros, componentes, engenharia, espaço, têxteis tecnológicos ou calçado", sublinhando que "o próprio plano de aquisições em curso procura ter em conta o retorno para a economia nacional, o envolvimento das nossas indústrias e a captação de mais investimento nacional e internacional". E dá exemplo da aquisição de 12 aeronaves de ataque ao solo e treino de pilotos A29 Super Tucano e simuladores, por valores próximos de 200 milhões, sendo que quase metade ficará em Portugal.
Quando se pensa em iDefesa pensa-se em armas, veículos militares ou submarinos, uma infinidade de outros setores envolvidos. São mais de 40, na verdade, e vão desde o setor primário, com as rações de combate, à construção, passando por tudo o que são serviços de apoio, designadamente na Saúde, ou o fabrico de fardas e de equipamentos de proteção individual.
O leque é alargado e Portugal tem todas as condições, acredita o Governo, para" integrar grandes contratos de defesa, nomeadamente através do fornecimento de componentes essenciais aos sistemas de armas", caso a reindustrialização europeia se faça com planos de rear- mamento. Depois de cinco décadas de desinvestimento, ou adormecimento, é tempo de atalhar caminho e tirar partido do pacote de 800 mil milhões de euros que Bruxelas quer mobilizar para a defesa europeia.
Mas do que falamos quando abordamos a chamada Economia da Defesa em Portugal? De um universo "muito diversificado" de empresas e de centros de investigação tecnológica e de formação que abrange 40 setores de atívidade distintos. Os dados mais recentes, publicado em 2021, indicam-nos que se trata de 350 empresas e de 61 entidades de I&D e de Educação e Formação. Quase 60% são empresas de serviços e só pouco mais de 26% são entidades industriais.
Embora estes dados estejam a ser atualizados, os que existem mostram que as empresas que operam na Economia de Defesa são maiores do que as restantes, têm recursos humanos altamente qualificados e que auferem salários que são quase o dobro da média nacional. Ou seja, enquanto 99,4% das empresas portuguesas são micro ou pequenas entidades, na Economia de Defesa esse número é de apenas 65,7%. As grandes representam 11,4% deste universo, contra os 0,1 % de peso que têm no tecido empresarial nacional.
Em 2020, a faturação total agregada deste universo foi de 4,75 mil milhões de euros, dos quais 40,2% foram as vendas para clientes de Defesa. No ano anterior era de 39,8%. Já o salário médio que pagam é de 1595 euros mensais, versus os 808 euros da média das empresas portuguesas. E se é verdade que um dos desafios maiores que este setor tem é o de aprofundar a internacionalização da Economia de Defesa, já que o Estado português continua a ser o seu principal cliente, não é menos certo que, entre 2010 e 2019, as empresas da economia de Defesa mais do que duplicaram as vendas ao exterior, passando de 886 milhões para 1883 milhões de euros. O peso delas no total das exportações nacionais passou de 1,6% para 2% em 2019.
O presidente da IdD Portugal Defence, holding estatal que pretende "tornar a Base Tecnológica e Industrial de Defesa num player internacional relevante", assume que estes números pecam por defeito e diz que em causa estarão, pelo menos, 380 empresas e cerca de 40 mil trabalhadores.
Garantido é que esta é uma área em expansão, depois de 50 anos de quase abandono, após o fim da guerra colonial em África. "Com o 25 de Abril, e o fim da Guerra do Ultramar, houve um natural desinvestimento, mas depois o processo [de investimento] nunca foi retomado.
Basicamente procurava-se substituir o que chegava ao fim de vida, mas sempre houve, quer em Portugal quer no resto da Europa, aquela lógica de que estávamos sob o guarda-chuva americano e não tínhamos que nos preocupar", refere Ricardo Pinheiro Alves, acrescentando que, com a queda do muro de Berlim, "se entrou, nos anos 90, numa lógica de paz perpétua kantiana, e na convição de que não haveria mais conflitos".
O tempo veio mostrar que a guerra pode estar, apenas, a dois passos. Primeiro foram os conflitos na Geórgia, em 2007, depois a anexação da Crimeia, em 2014, e a invasão da Ucrânia, em 2022, todos envolvendo a Rússia e tornando claro, para muitos dos países à volta, que o país e o seu presidente, Vladimir Putin, podem ser um risco a qualquer momento.
"Nós estamos mais próximos da guerra do que as pessoas tendem a pensar. É verdade que estamos do outro lado da Europa, mas temos vários parceiros da NATO que fazem fronteira com a Rússia, designadamente antigas regiões soviéticas, como os estados do Báltico, ou países que estiveram sob influência soviética, como a Polónia e a antiga República Checa, que, se forem alvo de algum tipo de ataque, somos obrigados a ir defendê-los", lembra o presidente da IdD Portugal Defence, sublinhando que aper- ceção do risco e da insegurança é muito superior em Varsóvia do que em Lisboa.
E, por isso, os países que mais investiram em Defesa, nos últimos anos, foram os do Leste. "Portugal, infelizmente, em 2022 e em 2023, em vez de estar a convergir em direção aos 2% do PIB em gastos anuais com a Defesa, registou um afastamento. A NATO ainda não disponibilizou estes dados, mas vão ser divulgados muito em breve, e indicam que estamos a reduzir o nosso investimento em termos de percentagem do PIB.
Andaremos, provavelmente, nos 1,49%", sustenta.
Para este responsável, são dois os desafios que Portugal: aproximar ainda mais a indústria dos vários ramos das Forças Armadas, pondo-os a dizer às empresas o que precisam, para que estas possam responder a essas necessidades; e alargar a base da indústria, aumentando o número de empresas e a sua dimensão, de modo a que consigam economias de escala.
Já o General Luís Valença Pinto, antigo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, lembra que a Europa, durante muitos anos, "desconsiderou as questões do investimento em Segurança e Defesa, vivendo tranquilamente no conforto da proteção americana". Agora, com as relações entre os dois blocos em crise, a Europa "tem que olhar por si, o que significa gastar mais, gastar melhor e sobretudo gastar mais em conjunto e no que é europeu". A grande questão, admite o atual presidente da EuroDefense Portugal, é como que se consegue que os cidadãos europeus aceitem o que se espera que seja "um aumento bastante significativo" dos gastos em Defesa.A solução passa por exemplificar que estas despesas, "se forem bem feitas, são um investimento, que pode gerar retorno". E cita estudos que mostram que, por cada euro investido nesta área, o retorno esperado pode ser de três a quatro euros.
E se é verdade que o bolo que se espera que haja de dinheiro europeu para investir é grande, é preciso ter noção que "o que for para o terreno hoje só dará fruto daqui por cinco ou oito anos", o que significa que, até lá, aEuropavaiter que arranjar maneira de poder continuar a contar com os americanos. "ADefesa tem uma característica muito curiosa. É muito rápido e muito simples destruí-la, é muito moro e complexo levantá-la", sublinha o líder da organização não-governamental que tem como principal missão promover o estudo, a reflexão e o debate sobre a política europeia de Segurança e Defesa.
Sobre as empresas portuguesas que operam nesta área, o General Valença Pinto fala numa indústria "pequena, mas altamente sofisticada e com um elevado nível de investigação e desenvolvimento associado". Falta-lhe escala, o que obriga a que, "com poucas exceções, terá de intervir neste processo europeu sob a forma de consórcios".
Tal como os restantes interlocutores, também o Ministério da Defesa está convicto de que o atual contexto geopolítico mostra que "o reforço do pilar europeu de defesa da NATO é uma questão estratégica, que Portugal deve saber ler como uma oportunidade". Os investimentos na Base Tecnológica e Industrial de Defesa (BTID) "reforçam as nossas capacidades no contexto das nossas alianças e geram retorno financeiro" garante fonte oficial do gabinete de Nuno Melo.
Mais, "se a reindustrialização europeia se der com os planos de rearmamento, através das necessidades de produção e sustentação, Portugal está numa posição cimeira para integrar grandes contratos de defesa, nomeadamente através do fornecimento de componentes essenciais aos sistemas de armas", acrescenta.
Sobre as áreas em que o país se pode diferenciar, o Ministério da Defesa diz que "Portugal possui um capital humano altamente qualificado, com cientistas e engenheiros de excelência em I&D, destacando-se nas áreas das comunicações com cifra com utilização de nós quânticos (como o Project Discretion), aeroespacial e no cluster de drones aéreos, terrestres e marítimos - de superfície e submarinos - com uso de inteligência artificial". Mas não só.
Aponta, também, as oportunidades para o setor têxtil, o desenvolvimento de software e de diferentes sistemas (comunicações, comando e controlo, treino e simulação, etc), a engenharia de precisão, blindagem e proteção individual, recorrendo a materiais compósitos, ou a manutenção, revisão e modernização de plataformas nos três domínios operacionais, aéreo, marítimo e terrestre. Sem esquecer o "histórico robusto" que Portugal tem no setor automóvel. "Verifica-se uma tendência, especialmente em países como a Alemanha, de conversão de unidades deste setor para a Defesa Nacional, o que poderá representar uma oportunidade para Portugal, que já desempenha um papel relevante na cadeia de valor automóvel, nomeadamente ao nível das componentes", sublinha o Ministério.
Questionado sobre o que foi feito nos 11 meses que o Governo esteve em atividade, o gabinete de Nuno Melo diz que "promoveu um ambiente de captação de investimento em múltiplas áreas, da produção de munições à aeronáutica, passando por veículos autónomos e outros, componentes, engenharia, espaço, têxteis tecnológicos ou calçado", sublinhando que "o próprio plano de aquisições em curso procura ter em conta o retorno para a economia nacional, o envolvimento das nossas indústrias e a captação de mais investimento nacional e internacional". E dá exemplo da aquisição de 12 aeronaves de ataque ao solo e treino de pilotos A29 Super Tucano e simuladores, por valores próximos de 200 milhões, sendo que quase metade ficará em Portugal.