A construção é a principal atividade do Grupo Teixeira Duarte e esteve na sua origem. Hoje, a Teixeira Duarte atua em diversas áreas, da geotecnia às infraestruturas, passando pela metalomecânica, edificações, obras subterrâneas e obras ferroviárias. O portefólio nos mercados internacionais é extenso e inclui a Assembleia Nacional de Angola, o Banco de Moçambique ou a reabilitação da Ponte Hercílio Luz, no Brasil.
Angola, Brasil e Moçambique são mercados estratégicos para o Grupo Teixeira Duarte, mas, no setor da construção, tem desenvolvido projetos também noutros países. Infraestruturas em Cabo Verde, obras subterrâneas em Espanha e no Peru ou obras ferroviárias no Gabão. Essa internacionalização está relacionada com o investimento em técnicas inovadoras e com a especialização dos recursos humanos.
“Ao longo da sua história, com início em 1921, a Teixeira Duarte assumiu-se sempre como a casa de engenharia. O uso de técnicas construtivas inovadoras, os recursos humanos altamente especializados, apoiados por equipamentos próprios de vanguarda tecnológica, permitiram intervir em projetos públicos e privados de elevada complexidade técnica e dimensão, como pontes, barragens e estradas, bem como hospitais e grandes edifícios que constituem referências”, sublinha Paulo Serradas, CEO do setor da construção do Grupo Teixeira Duarte.
A construção foi a grande impulsionadora dos resultados do Grupo Teixeira Duarte em 2024, contribuindo com 436 milhões de euros em vendas e serviços prestados. O mercado interno atingiu os 236 milhões de euros e o mercado externo os 200 milhões de euros, representando 46 por cento das vendas e serviços da atividade no ano passado. Também a carteira de encomendas do setor da construção do grupo aumentou 43 por cento, perfazendo um total de 1.540 milhões de euros e onde se destaca a participação no projeto de alta velocidade, que representa 26 por cento desse montante.
O Grupo está presente em Angola desde 1976 e este é um dos seus mercados mais relevantes. “Nestes quase 50 anos de atividade no país, a Teixeira Duarte foi responsável pela construção e reparação de infraestruturas, como as barragens Cambambe e Gove, pontes, rodovias, entre outras”, recorda Paulo Serradas. “Nas edificações, destacam-se a construção, em Luanda, da Assembleia Nacional de Angola e dos Edifícios Sky Residence I e II e Sky Business”. A Teixeira Duarte construiu também o Hotel Alvalade, o primeiro hotel construído em Angola após a independência e que hoje ainda opera através da TDHotels®, e o Polo Automóvel de Talatona, construído em 2009 e que opera através da TDA®.
Já em Moçambique destaca-se a construção dos edifícios do Banco de Moçambique em Maputo e a reabilitação do Porto de Nacala. E no Brasil, onde a Teixeira Duarte está presente há cerca de 20 anos, o portefólio de obras inclui a reabilitação da Ponte Hercílio Luz, em Santa Catarina, várias barragens e a construção, reforma ou ampliação de múltiplas unidades hospitalares em todo o país.
O Grupo tem vindo a promover iniciativas na área da sustentabilidade e da transição digital. Em 2024 instalou uma Unidade de Produção de Autoconsumo (UPAC) de energia solar no Polo Operacional do setor da Construção em Portugal, permitindo evitar a emissão de 823 toneladas de CO2 por ano e garantir o consumo de eletricidade a partir de fontes renováveis. Na atividade imobiliária tem adotado métodos de construção sustentáveis e materiais com menor pegada carbónica, com o objetivo de reduzir o desperdício de materiais e as quantidades de carbono incorporadas nos edifícios. Na área de Facilities Managemente tem também criado serviços de instalação e manutenção de fontes de energia renováveis, os quais têm registado um grande aumento da procura.
O investimento na digitalização, por outro lado, tem passado pela consolidação da metodologia Building Information Modeling (BIM), que facilita a criação de modelos digitais precisos, permitindo um melhor planeamento dos materiais, redução de desperdícios e otimização do consumo de energia, sublinha Paulo Serradas. “Esta abordagem não só confirma o compromisso da empresa com a excelência, mas também a coloca numa posição vantajosa para enfrentar novos desafios em qualquer parte do mundo, evidenciando a sua prontidão para atuar globalmente com eficácia e inovação”.
O grupo integra empresas especializadas como a SOMAFEL, que atua em todas as vertentes da engenharia e construção ferroviária, e a EPOS, líder na execução de grandes obras subterrâneas. “A EPOS e a SOMAFEL respondem a projetos e clientes próprios. A necessidade de atender a uma grande diversidade de requisitos de qualidade e alta especialização dotaram estas empresas de uma capacidade técnica e tecnológica muito específicas”, adianta Paulo Serradas.
Os projetos da empresa dependem da especificidade de cada mercado. Em Angola, a Teixeira Duarte – Engenharia e Construções ambiciona a expansão da atividade em linha com a capacidade e qualidade técnica com que conta neste mercado e, no Brasil, tem como objetivo o alargamento da carteira de clientes. “Já em Moçambique, e apesar da conjuntura económico-social ter sido difícil nos últimos anos, continuamos a acreditar que a Teixeira Duarte pode ter um papel relevante no novo ciclo de desenvolvimento que o povo moçambicano merece”, sublinha Paulo Serradas. Por último, em Cabo Verde o Grupo está a concluir a primeira fase de ampliação e modernização de sete aeroportos. “É um mercado em que o Grupo tem tido uma excelente integração e onde pretende continuar a apostar e ampliar a sua atividade da construção”.