Desde 2009 que a fileira do metal em Portugal bate recordes sucessivos de vendas nos mercados internacionais, com exceção de 2020, ano da pandemia.
Mas 2024 deverá interromper essa performance, com a associação do setor, a AIMMAP a estimar que as exportações em 2024 ficarão em linha com os números do ano anterior, em redor dos 24 mil milhões de euros.
Já para o agroalimentar e bebidas, o ano revelou- -se muito positivo, com a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) a prever chegar aos oito mil milhões de exportações, um novo recorde anual. E há já uma nova meta: 10 mil milhões até ao final da década De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de novembro do setor da metalurgia e da metalomecânica atingiram 2118 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 8% face ao período homólogo.
'Ainda assim, novembro de 2024 foi o 9º melhor mês de sempre das exportações" da fileira, assume a AIMMAP. Os países da União Europeia (UE) asseguraram 76% das vendas ao exterior, e o setor está a pagar a fatura dos graves problemas que a indústria automóvel alemã atravessa. Mas não só. A instabilidade política em Espanha e em França também estão a penalizar a fileira.
Mesmo assim, no acumulado de janeiro a novembro de 2024, as exportações alcançaram a fasquia de 21660 milhões de euros. "As exportações têm vindo a recuperar nos últimos meses do ano e o balanço final de 2024 deverá ser semelhante ao ano de 2023", refere a associação. Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP alerta, no entanto, para uma conjuntura que gera preocupação.
"É fundamental que o poder político compreenda que o salto para a competitividade passa obrigatoriamente pela criação de um ambiente de negócios e regulamentar que convide a mais e melhor investimento, mais e melhor inovação, mais valor acrescentado", refere. E acrescenta: "Numa altura em que a competitividade da economia nacional está na ordem do dia, o Governo tem a responsabilidade de potenciar (ou pelo menos não travar) o cenário de crescimento do investimento privado que se antevê num cenário de baixas taxas de juro".
Já as exportações da indústria agroalimentar e das bebidas têm novo recorde à vista, já que, só nos primeiros 11 meses do ano, foram já ultrapassados os valores de 2023. Ou seja, entre janeiro e novembro de 2024, a fileira exportou bens no valor de 7587 milhões de euros, um aumento de 10,63% face ao período homólogo e 0,74% acima já dos 7526 milhões de euros obtidos no total do ano de 2023.
Números que permitem ao presidente da Federação das Indústrias Portuguesas AgroAlimentares (FIPA) antecipar já que a meta definida de chegar aos oito mil milhões de euros de exportações em 2024 deverá ter sido alcançada. "Não temos dados concretos, são ainda projeções, mas contamos fechar o ano à volta dos oito mil milhões como era a nossa ambição", refere Jorge Henriques, que aponta já a nova meta, a de atingir os 10 mil milhões de euros exportados até ao final da década.
Este responsável reconhece, no entanto, que há desafios a ter em conta, já que o maior crescimento está a verificar-se nos países da UE, sendo mais débil nos mercados extracomunitários.
"Estamos satisfeitos, porque estamos a conseguir atingir os objetivos que temos vindo a fixar e para os quais o setor tem vindo a trabalhar, mas somos realistas, não podemos parar. Todos sabemos que o mercado alemão e o francês, que são os motores da UE, estão com grandes dificuldades, portanto, há um trabalho imenso a fazer em geografias para onde têm sido já apontadas baterias, como os EUA Canadá e os países do Mercosul, sobretudo o Brasil, que são extremamente difíceis", sustenta, mostrando-se otimista em relação ao acordo assinado entre a UE e o Mercosul.
"Estamos confiantes que este acordo, depois de duas décadas de trabalho, só tem um caminho, que é fazer-se. Acho que há aqui um potencial muito grande", sublinha Jorge Henriques.
Mas 2024 deverá interromper essa performance, com a associação do setor, a AIMMAP a estimar que as exportações em 2024 ficarão em linha com os números do ano anterior, em redor dos 24 mil milhões de euros.
Já para o agroalimentar e bebidas, o ano revelou- -se muito positivo, com a Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares (FIPA) a prever chegar aos oito mil milhões de exportações, um novo recorde anual. E há já uma nova meta: 10 mil milhões até ao final da década De acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações de novembro do setor da metalurgia e da metalomecânica atingiram 2118 milhões de euros, o que representa um decréscimo de 8% face ao período homólogo.
'Ainda assim, novembro de 2024 foi o 9º melhor mês de sempre das exportações" da fileira, assume a AIMMAP. Os países da União Europeia (UE) asseguraram 76% das vendas ao exterior, e o setor está a pagar a fatura dos graves problemas que a indústria automóvel alemã atravessa. Mas não só. A instabilidade política em Espanha e em França também estão a penalizar a fileira.
Mesmo assim, no acumulado de janeiro a novembro de 2024, as exportações alcançaram a fasquia de 21660 milhões de euros. "As exportações têm vindo a recuperar nos últimos meses do ano e o balanço final de 2024 deverá ser semelhante ao ano de 2023", refere a associação. Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAP alerta, no entanto, para uma conjuntura que gera preocupação.
"É fundamental que o poder político compreenda que o salto para a competitividade passa obrigatoriamente pela criação de um ambiente de negócios e regulamentar que convide a mais e melhor investimento, mais e melhor inovação, mais valor acrescentado", refere. E acrescenta: "Numa altura em que a competitividade da economia nacional está na ordem do dia, o Governo tem a responsabilidade de potenciar (ou pelo menos não travar) o cenário de crescimento do investimento privado que se antevê num cenário de baixas taxas de juro".
Já as exportações da indústria agroalimentar e das bebidas têm novo recorde à vista, já que, só nos primeiros 11 meses do ano, foram já ultrapassados os valores de 2023. Ou seja, entre janeiro e novembro de 2024, a fileira exportou bens no valor de 7587 milhões de euros, um aumento de 10,63% face ao período homólogo e 0,74% acima já dos 7526 milhões de euros obtidos no total do ano de 2023.
Números que permitem ao presidente da Federação das Indústrias Portuguesas AgroAlimentares (FIPA) antecipar já que a meta definida de chegar aos oito mil milhões de euros de exportações em 2024 deverá ter sido alcançada. "Não temos dados concretos, são ainda projeções, mas contamos fechar o ano à volta dos oito mil milhões como era a nossa ambição", refere Jorge Henriques, que aponta já a nova meta, a de atingir os 10 mil milhões de euros exportados até ao final da década.
Este responsável reconhece, no entanto, que há desafios a ter em conta, já que o maior crescimento está a verificar-se nos países da UE, sendo mais débil nos mercados extracomunitários.
"Estamos satisfeitos, porque estamos a conseguir atingir os objetivos que temos vindo a fixar e para os quais o setor tem vindo a trabalhar, mas somos realistas, não podemos parar. Todos sabemos que o mercado alemão e o francês, que são os motores da UE, estão com grandes dificuldades, portanto, há um trabalho imenso a fazer em geografias para onde têm sido já apontadas baterias, como os EUA Canadá e os países do Mercosul, sobretudo o Brasil, que são extremamente difíceis", sustenta, mostrando-se otimista em relação ao acordo assinado entre a UE e o Mercosul.
"Estamos confiantes que este acordo, depois de duas décadas de trabalho, só tem um caminho, que é fazer-se. Acho que há aqui um potencial muito grande", sublinha Jorge Henriques.