Fórum Económico será no dia 20 de fevereiro na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). Antes, acordos em áreas como a Inteligência artificial, cooperação policial e reconhecimento bilateral de diplomas serão destaques na cúpula, em Brasília.
Nesta semana, as atenções estarão voltadas para as relações entre Brasil e Portugal, na XTV Cimeira Luso-Brasileira. Após mais de um ano de preparação, serão discutidos e assinados acordos em diferentes áreas, desde a economia até segurança.
A economia terá um lugar de destaque no programa, com um fórum bilateral específico na quinta-feira, dia 20 de fevereiro, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). A organização é da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e mvestimentos (Apex), que, inclusive, vai inaugurar em breve uma agência em Lisboa.
O DN Brasil apurou que uma carta de reivindicações conjunta será entregue às autoridades brasileiras e portuguesas. Entre as demandas, está a otirnização das exportações com aposta em digitalização. Os empresários brasileiros em Portugal avaliam que é preciso investir mais em tecnologias de ponta que reduzam custos e burocracias nas cargas.
Para Otacílio Soares da Silva Filho, presidente da Câmara do Comércio Luso-Brasileira, "um tema central será a transformação digital e inovação, pois a adoção de novas tecnologias pode impulsionar a produtividade e competitividade das empresas nos dois países". Para ele, um dos principais empecilhos "é a burocracia e complexidade regulatória, que podem dificultar o comércio bilateral e a expansão de empresas nos dois mercados".
Outro ponto abordado pelo presidente são os "desafios logísticos, como custos de transporte e infraestrutura portuária", e que "a harmonização regulatória e redução de barreiras não-tarifárias também são essenciais para facilitar o intercâmbio de bens e serviços". De acordo com números oficiais divulgados pelo governo brasileiro, o comércio entre os dois países foi de US$4,7 bilhões em 2024 (cerca de 4,47 bilhões de euros).
Acordos em Brasília
Antes do encontro voltado para a economia, a primeira parte da cimeira envolve o mais alto nível. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, será recebido pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto pela manhã. Na reunião, devem ser discutidos os pontos essenciais dos cerca de 20 acordos que serão assinados e dialogadas questões de interesse comum. Enquanto o presidente e o primeiro-ministro estiverem reunidos, os ministros de cada país vão participar das reuniões setoriais, em que os acordos serão discutidos conforme cada área. Por exemplo, um dos principais será na área de segurança.
A ministra da Justiça, RitaAlarcão Júdice, estará no evento, bem como o ministro da Justiça brasileiro, Ricardo Lewandowski - que esteve em Portugal no ano passado. Na ocasião, começou a ser discutido um acordo para combate ao tráfico de drogas transatlântico e troca de informação sobre antecedentes criminais de pessoas investigadas. Atualmente, é público que facções criminosas brasileiras estão presentes em Portugal e já existem investigações conjuntas. O DN Brasil apurou que um dos focos de combate conjunto entre os dois países será a expansão das facções, com cooperação entre a Polícia Judiciária (PD e a PE
Existe ainda a expectativa de assinar o memorando de entendimento com a Câmara Municipal de Lisboa para viabilizar a realização do Carnaval de rua deste ano na cidade. Um ponto ainda sem definição, mas que a diplomacia brasileira quer discutir são os aumentos dos casos de xenofobia contra brasileiros em Portugal. O assunto é considerado sensível pelo Governo português. Igualmente, o governo brasileiro espera ouvir do lado português sobre avanços no atendimento aos imigrantes na área documental, como a demora para obter autorizações de residência e aprovação de vistos. O DN Brasil também sabe que o Executivo de Luís Montenegro queria viajar já com a questão dos títulos de residência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) resolvida - o que aconteceu na semana passada.
Mais temas em cima da mesa são a facilitação no reconhecimento de habilitações universitárias. Uma das classes profissionais que não consegue amar no país é a dos fonoaudiólogos, por exemplo. Há também o caso dos professores brasileiros que enfrentam barreiras burocráticas para trabalhar no país ou são demitidos mesmo depois de contratados em escolas por não terem as formações do Brasil reconhecidas pela autoridade responsável por habilitar professores em Portugal.
Nesta semana, as atenções estarão voltadas para as relações entre Brasil e Portugal, na XTV Cimeira Luso-Brasileira. Após mais de um ano de preparação, serão discutidos e assinados acordos em diferentes áreas, desde a economia até segurança.
A economia terá um lugar de destaque no programa, com um fórum bilateral específico na quinta-feira, dia 20 de fevereiro, na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP). A organização é da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e mvestimentos (Apex), que, inclusive, vai inaugurar em breve uma agência em Lisboa.
O DN Brasil apurou que uma carta de reivindicações conjunta será entregue às autoridades brasileiras e portuguesas. Entre as demandas, está a otirnização das exportações com aposta em digitalização. Os empresários brasileiros em Portugal avaliam que é preciso investir mais em tecnologias de ponta que reduzam custos e burocracias nas cargas.
Para Otacílio Soares da Silva Filho, presidente da Câmara do Comércio Luso-Brasileira, "um tema central será a transformação digital e inovação, pois a adoção de novas tecnologias pode impulsionar a produtividade e competitividade das empresas nos dois países". Para ele, um dos principais empecilhos "é a burocracia e complexidade regulatória, que podem dificultar o comércio bilateral e a expansão de empresas nos dois mercados".
Outro ponto abordado pelo presidente são os "desafios logísticos, como custos de transporte e infraestrutura portuária", e que "a harmonização regulatória e redução de barreiras não-tarifárias também são essenciais para facilitar o intercâmbio de bens e serviços". De acordo com números oficiais divulgados pelo governo brasileiro, o comércio entre os dois países foi de US$4,7 bilhões em 2024 (cerca de 4,47 bilhões de euros).
Acordos em Brasília
Antes do encontro voltado para a economia, a primeira parte da cimeira envolve o mais alto nível. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, será recebido pelo presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto pela manhã. Na reunião, devem ser discutidos os pontos essenciais dos cerca de 20 acordos que serão assinados e dialogadas questões de interesse comum. Enquanto o presidente e o primeiro-ministro estiverem reunidos, os ministros de cada país vão participar das reuniões setoriais, em que os acordos serão discutidos conforme cada área. Por exemplo, um dos principais será na área de segurança.
A ministra da Justiça, RitaAlarcão Júdice, estará no evento, bem como o ministro da Justiça brasileiro, Ricardo Lewandowski - que esteve em Portugal no ano passado. Na ocasião, começou a ser discutido um acordo para combate ao tráfico de drogas transatlântico e troca de informação sobre antecedentes criminais de pessoas investigadas. Atualmente, é público que facções criminosas brasileiras estão presentes em Portugal e já existem investigações conjuntas. O DN Brasil apurou que um dos focos de combate conjunto entre os dois países será a expansão das facções, com cooperação entre a Polícia Judiciária (PD e a PE
Existe ainda a expectativa de assinar o memorando de entendimento com a Câmara Municipal de Lisboa para viabilizar a realização do Carnaval de rua deste ano na cidade. Um ponto ainda sem definição, mas que a diplomacia brasileira quer discutir são os aumentos dos casos de xenofobia contra brasileiros em Portugal. O assunto é considerado sensível pelo Governo português. Igualmente, o governo brasileiro espera ouvir do lado português sobre avanços no atendimento aos imigrantes na área documental, como a demora para obter autorizações de residência e aprovação de vistos. O DN Brasil também sabe que o Executivo de Luís Montenegro queria viajar já com a questão dos títulos de residência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) resolvida - o que aconteceu na semana passada.
Mais temas em cima da mesa são a facilitação no reconhecimento de habilitações universitárias. Uma das classes profissionais que não consegue amar no país é a dos fonoaudiólogos, por exemplo. Há também o caso dos professores brasileiros que enfrentam barreiras burocráticas para trabalhar no país ou são demitidos mesmo depois de contratados em escolas por não terem as formações do Brasil reconhecidas pela autoridade responsável por habilitar professores em Portugal.