No ano passado, o peso do investimento direto do exterior no PIB nacional foi um dos mais elevados da OCDE, representando 69% da riqueza produzida no país. No primeiro semestre deste ano, o país perdeu 400 milhões em IDE.
O "stock" de investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal registou umaligeira queda em 2024, mas manteve-se como um dos mais relevantes num conjunto de 27 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), revela uma análise do Banco de Portugal (BdP) divulgada nesta terça-feira.
"Em Portugal, no final de 2024, o 'stock' de investimento direto do exterior representava 69% do PIB, o que corresponde a um aumento de 37 pontos percentuais (pp) relativamente ao valor registado em 2008 (32% do PIB)", ou sej a, duplicou em 17 anos. A análise do Banco de Portugal revela que "no conjunto dos países daOCDE, o 'stock de IDE passou de 25% para53% do PIB, e, na União Europeia (UE), de 36% para 64% do PIB". Quer dizer que Portugal registou um ritmo muito mais elevado do que os países analisados.
Com efeito, entre 2008e 2024, "o peso do investimento direto do exterior na economia portuguesa foi superior (em média, 15 pontos percentuais) ao da média dos países da OCDE", detalha o BdP. Se comparado apenas com a média dos países da UE, "Portugal apresentou valores inferiores em todos os anos compreendidos entre 2008 e 2023, com exceção de 2013 e 2014." Isolando 2024, e apesar da ligeira queda no peso do IDE no PIB, "aeconomiaportuguesaregis- tou um valor 5 p.p. superior ao da média da UE", indicao supervisor.
No final de 2024, o país apresentava, de facto, "um dos 'stocks' de IDE em percentagem do PIB mais elevados entre os 27países da OCDE analisados", sendo só superado pelo Luxemburgo (1.227%), Países Baixos (214%), Suíça(94%), Estónia (83%) e Bélgica (69%)."
O investimento direto estrangeiro reflete a capacidade de uma economia atrair investidores internacionais e representauma importante fonte de capital para financiar o crescimento económico, transferir tecnologia e aumentar a produtividade. Também é uma fonte de criação de emprego e indica uma forte integração de uma economia nas cadeias de valor.
Primeiro semestre em queda.
Os dados divulgados pelo BdP mostram ainda que o país perdeu 400 milhões de euros em investimento direto estrangeiro nos primeiros seis meses deste ano. As transferências dos investidores estrangeiros para Portugal recuaram sobretudo devido à"redução da dívida de entidades residentes perante empresas não residentes do mesmo grupo económico".
O BdP dá conta de que essa redução da dívida de empresas aope- rar em Portugal face a outras entidades do mesmo grupo que estão sediadas noutro país totalizou 1,6 mil milhões de euros entre janeiro e junho, o que pressionou o total de transferências realizadas. "Estare- dução é principalmente explicada por uma mudança destes passivos para a categoria funcional de 'investimento de carteira', uma vez que, segundo a metodologia estatística em vigor, se deixou de verificar uma relação de investimento direto", explica o BdP.
A redução do IDE em Portugal deveu-se principalmente ao menor dinamismo nas transferências provenientes do continente europeu. Dessas, destacou-se a redução do investimento proveniente de Espanha (-2,1 mil milhões de euros).
Essa forte quebra no investimento de Espanha em Portugal foi, no entanto, "parcialmente compensada" pelos aumentos do investimento proveniente da Suíça (+0,8 mil milhões de euros), Estados Unidos (+0,3 mil milhões), Itália (+0,2 mil milhões) e Bélgica (+0,2 mil milhões).
O "stock" de investimento direto estrangeiro (IDE) em Portugal registou umaligeira queda em 2024, mas manteve-se como um dos mais relevantes num conjunto de 27 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), revela uma análise do Banco de Portugal (BdP) divulgada nesta terça-feira.
"Em Portugal, no final de 2024, o 'stock' de investimento direto do exterior representava 69% do PIB, o que corresponde a um aumento de 37 pontos percentuais (pp) relativamente ao valor registado em 2008 (32% do PIB)", ou sej a, duplicou em 17 anos. A análise do Banco de Portugal revela que "no conjunto dos países daOCDE, o 'stock de IDE passou de 25% para53% do PIB, e, na União Europeia (UE), de 36% para 64% do PIB". Quer dizer que Portugal registou um ritmo muito mais elevado do que os países analisados.
Com efeito, entre 2008e 2024, "o peso do investimento direto do exterior na economia portuguesa foi superior (em média, 15 pontos percentuais) ao da média dos países da OCDE", detalha o BdP. Se comparado apenas com a média dos países da UE, "Portugal apresentou valores inferiores em todos os anos compreendidos entre 2008 e 2023, com exceção de 2013 e 2014." Isolando 2024, e apesar da ligeira queda no peso do IDE no PIB, "aeconomiaportuguesaregis- tou um valor 5 p.p. superior ao da média da UE", indicao supervisor.
No final de 2024, o país apresentava, de facto, "um dos 'stocks' de IDE em percentagem do PIB mais elevados entre os 27países da OCDE analisados", sendo só superado pelo Luxemburgo (1.227%), Países Baixos (214%), Suíça(94%), Estónia (83%) e Bélgica (69%)."
O investimento direto estrangeiro reflete a capacidade de uma economia atrair investidores internacionais e representauma importante fonte de capital para financiar o crescimento económico, transferir tecnologia e aumentar a produtividade. Também é uma fonte de criação de emprego e indica uma forte integração de uma economia nas cadeias de valor.
Primeiro semestre em queda.
Os dados divulgados pelo BdP mostram ainda que o país perdeu 400 milhões de euros em investimento direto estrangeiro nos primeiros seis meses deste ano. As transferências dos investidores estrangeiros para Portugal recuaram sobretudo devido à"redução da dívida de entidades residentes perante empresas não residentes do mesmo grupo económico".
O BdP dá conta de que essa redução da dívida de empresas aope- rar em Portugal face a outras entidades do mesmo grupo que estão sediadas noutro país totalizou 1,6 mil milhões de euros entre janeiro e junho, o que pressionou o total de transferências realizadas. "Estare- dução é principalmente explicada por uma mudança destes passivos para a categoria funcional de 'investimento de carteira', uma vez que, segundo a metodologia estatística em vigor, se deixou de verificar uma relação de investimento direto", explica o BdP.
A redução do IDE em Portugal deveu-se principalmente ao menor dinamismo nas transferências provenientes do continente europeu. Dessas, destacou-se a redução do investimento proveniente de Espanha (-2,1 mil milhões de euros).
Essa forte quebra no investimento de Espanha em Portugal foi, no entanto, "parcialmente compensada" pelos aumentos do investimento proveniente da Suíça (+0,8 mil milhões de euros), Estados Unidos (+0,3 mil milhões), Itália (+0,2 mil milhões) e Bélgica (+0,2 mil milhões).