Oceano, Diálogo Azul é o tema da participação portuguesa na Expo 2025 Osaka, que decorre de 13 de abril a 13 de outubro no Japão.
A poucos dias da inauguração, a AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, entidade organizadora da participação de Portugal neste evento mundial, organizou um pequeno-almoço com jornalistas, esta segunda-feira, 7 de abril, para marcar o arranque da exposição mundial este domingo, 13 de abril. A participação de Portugal terá uma vertente cultural e económica com diversos eventos, e Ricardo Arroja, presidente da AICEP, salientou que “esta é uma oportunidade para que a relação entre Portugal e o Japão se robusteça e para que Portugal possa ter uma maior notoriedade em toda a Ásia”.
Também participaram neste evento o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, a administradora da AICEP e vice-Comissária, Joana Gaspar, e a comissária-geral da participação de Portugal na Expo 2025 Osaka, Joana Gomes Cardoso, e o diretor do Pavilhão, Bernardo Amaral, em direto de Osaka.
A Expo 2025 Osaka vai contar com a participação de 161 países e 7 organizações internacionais e as expectativas apontam para que atraia cerca de 28 milhões de visitantes. Decorre em Yumeshima, uma ilha artificial na baía de Osaka construída especificamente para o evento. As fontes de energia sustentáveis e a conservação e utilização de forma sustentável dos oceanos e recursos marinhos, estabelecidos pelas Nações Unidas como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 7 e 14, respetivamente, são os temas centrais da participação portuguesa na exposição mundial.
“É uma mensagem ligada às questões da humanidade e da sustentabilidade”, lembrou Ricardo Arroja ao destacar a importância de Portugal na área dos oceanos. “Portugal é um país de matriz oceânica. Temos jurisdição sobre quase metade das águas marinhas da UE. A nossa presença vai estar ligada a estes dois objetivos, um país que combina tradição e modernidade”.
Os principais objetivos da participação de Portugal na Expo 2025 Osaka são aumentar a notoriedade de Portugal no mundo, inspirar a vontade de visitar, descobrir e investir em Portugal, reforçar a posição e visibilidade de Portugal enquanto país eminentemente marítimo, potenciar a Economia Azul e dinamizar o talento e o potencial criativo português.
Destacam-se, nesta participação, momentos como a inauguração da exposição, o dia dedicado a Portugal (5 de maio), o 10 de junho e o encerramento. Haverá uma intensa programação cultural, estando confirmada a participação de artistas portugueses como Ana Moura, Camané, Dino d’Santiago, Carminho, entre outros.
Mobilidade, Ciências da Vida, Defesa e Economia Azul em destaque no programa económico
A programação económica será também muito diversificada, com foco na Economia Azul, destacando setores de aposta como as energias renováveis, a monitorização oceânica, a biotecnologia, a pesca e agricultura ou os transportes e logística. A par da Expo serão realizados, em Tóquio, quatro seminários económicos dedicados à Mobilidade (2 de maio), Ciências da Vida (1 de julho), Defesa (8 de agosto) e Economia Azul (24 de setembro).
“Portugal é hoje um bastião em matéria de proteção ambiental, temos uma fusão virtuosa entre a defesa da natureza e os modelos de desenvolvimento económico que o país pretende conseguir”, adiantou Ricardo Arroja. “Há um mar de oportunidades que Portugal e o Japão podem desenvolver em conjunto, no âmbito da Expo Osaka”, adiantou.
Atualmente há cerca de mil empresas a exportar para o Japão, que em 2024 foi o 31º cliente de bens de Portugal e o 30º fornecedor. Um dos objetivos da participação portuguesa na Expo Osaka é reforçar essa relação. “Portugal vai ter uma montra nos domínios artístico, cultural e económico e isso vai auxiliar o posicionamento do país como uma plataforma global para o comércio”, considerou o presidente da AICEP.
Também Carlos Abade, presidente do Turismo de Portugal, considerou que a participação da Expo Osaka é uma oportunidade para destacar a cultura, património, literatura e gastronomia de Portugal num país que é o 17º mercado emissor de turistas do mundo e o 15º em termos de receitas.
Pavilhão é uma homenagem ao oceano e à cultura portuguesa
O Pavilhão de Portugal em Osaka fica numa localização estratégica, perto do pavilhão do Japão. Tem 1836 metros quadrados e foi projetado pelo arquiteto japonês Kengo Kuma. Utiliza 9972 cordas suspensas que pesam mais de 60 toneladas e a sua praça superior simboliza uma onda.
No pavilhão encontra-se uma loja em que estão representadas 25 empresas e 243 produtos portugueses. A poucos dias da abertura, a comissária-geral de Portugal na Expo Osaka, Joana Gomes Cardoso, estima que o pavilhão seja visitado por 1,2 milhões de pessoas. “Estamos otimistas e confiantes, contentes com as operações no terreno e a recetividade do público”.
O programa da participação portuguesa na Expo Osaka pode ser consultado aqui.

Voltar
Feiras
“Um mar de oportunidades” para Portugal e o Japão desenvolverem
Expo 2025 Osaka abre portas a 13 de abril com participação portuguesa dedicada ao oceano.
AICEP
08 abr. 2025