Passar para o conteúdo principal
AICEP
Agenda Media
Escolha o seu idioma
Português (PT) English (EN)
Portal do Cliente
AICEP
Agenda Media Portal do Cliente
Escolha o seu idioma
Português (PT) English (EN)
  • Porquê Portugal
  • Portugal em números
  • Razões para investir
  • Casos de Sucesso
  • Investir em Portugal
  • Criar uma empresa
  • Sistema Laboral
  • Sistema Fiscal
  • Apoio ao Investidor
  • Principais Setores
  • Localização
  • Publicações
  • Ver tudo
  • Portugal Exporta
  • Informação de Mercado
  • E-commerce
  • Fileiras
  • Startups
  • Promoção Internacional
  • Comprar a Portugal
  • Multilaterais
  • Global Gateway
  • Incentivos
  • Sustentabilidade
  • Ações de promoção externa
  • Ver tudo
  • Capacitação
  • Inov Contacto
  • Sobre nós
  • Orgãos Sociais
  • Estatutos AICEP e Legislação
  • Políticas e Objetivos
  • Informação de Gestão
  • Conduta e Ética
  • Projetos Próprios
  • Carreiras
  • Contactos
comercio
Voltar
Comércio

Exportações cresceram 11,9% em fevereiro

Será nos números de março que se esperam os efeitos das tarifas.

Diário de Notícias 14 abr. 2025
Imprensa Nacional
Voltar
comercio
Comércio

Exportações cresceram 11,9% em fevereiro

14 abr. 2025
Imprensa Nacional
Share this
Vários setores viram suspensas as encomendas que deveriam sair para os EUA com os sucessivos anúncios de tarifas alfandegárias. Esperam agora que o adiamento por 90 dias permita recuperar essas exportações. E duvidam da eficácia do pacote de medidas do Governo
As exportações portuguesas cresceram 11,9% em fevereiro, em linha com o que tinha sido o desempenho internacional da economia portuguesa em janeiro. No acumulado dos dois primeiros meses do ano, as empresas portuguesas exportaram bens no valor de 14.399 milhões de euros, o que representa um aumento homólogo absoluto de 1532 milhões. Mesmo os setores da moda, que sofreram em 2024, estão a recuperar. A grande incógnita é o que trará março. É que muitas foram as empresas confrontadas com pedidos de suspensão do envio de mercadorias na sequência dos vários anúncios de Donald Trump relativamente à imposição de novas tarifas alfandegárias ao mundo. A ViniPortugal, por exemplo, admite que "praticamente todas as encomendas que estavam para sair em março foram suspensas". Frederico Falcão assume que "poucos terão sido os vinhos que seguiram para expedição para os Estados Unidos" em março.

No acumulado de janeiro e fevereiro, os produtores portugueses exportaram, no total, 53 milhões de litros no valor de 143,8 milhões de euros, um aumento de 4,7% em valor e de 7,6% em volume. Os EUA foram o principal destino, com 16,4 milhões de euros, um aumento homólogo de 2,6%. "Espero que o anúncio de suspensão das novas tarifas por 90 dias possa fazer com que as encomendas que ficaram suspensas possam acontecer efetivamente", diz Frederico Falcão, assumindo que, pelo menos durante 90 dias, se espera que haja estabilidade e previsibilidade.

Se as tarifas forem só de 10%, admite que o mercado caia "um pouco", mas nada de "muito desastroso". O problema é mesmo a vontade dos importadores de imputarem ao produtor descidas de preços que acomodem as novas tarifas. "Para nós é muito mau, reduções de preços podem por em causa a sustentabilidade dos projetos [empresariais]", frisa. Sobre o pacote de 10 mil milhões de euros apresentado pelo governo para apoiar as empresas exportadoras, Frederico Falcão lembra que "mais de 80% é destinado a financiamento e é preciso ver a que taxas".

Já Rafael Campos Pereira, vice-presidente da AIMMAR a associação da indústria metalúrgica e metalomecânica, defende que o que deve preocupar-nos efetivamente é a política europeia. 'As taxas que estão a ser aplicadas às matérias-primas importadas, estão a afetar tremendamente a competitividade da indústria europeia, e isso sim pode começar a explicar alguns obstáculos e perda de competitividade sentidos no comércio internacional", sustenta.

Sobre a guerra comercial alimentada pelos EUA, este responsável sublinha que, embora o setor metalúrgico e metalomecânico só se encontre exposto ao mercado americano, de forma direta, em cerca de 3% das exportações, "sabemos que o impacto indireto será seguramente muito superior pelo volume de exportações para mercados como o francês, alemão e italiano, que por sua vez estão bastante mais expostos aos EUA", diz. Portugal e a Europa, "devem implementar medidas proativas para alavancar a competitividade das empresas", considera.
As exportações do Metal Portugal cresceram 1,9% em fevereiro, para um total de 2100 milhões de euros, mas, no acumulado dos dois primeiros meses do ano, foram de 3939 mil milhões de euros, 43 milhões abaixo do período homólogo. AAIMMAP destaca o "esforço notável" das empresas do setor, "que continuam resilientes e a reagir contra todas as adversidades".

Da parte da fileira têxtil, os números de janeiro e fevereiro foram de crescimento, mas teme-se que março traga já o efeito Trump. "Os efeitos já se começaram a notar, com alguns clientes a pedirem que não se embarcasse a mercadoria", diz Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal -ATR assumindo que o mercado "está extremamente agitado" e que a confusão é generalizada. "Há situações de empresas que puseram mesmo a hipótese de virem a cancelar a encomendas caso as tarifas de 30% avançassem, invocando causa de força maior, o que nos obrigaria a ir para tribunal e a ter problemas com os clientes, que é tudo o que uma empresa não quer", refere este responsável, sublinhando que "a situação, do ponto de vista da indústria, é muito complicada".

Nos primeiros dois meses do ano, a indústria têxtil e do vestuário portuguesa exportou quase 44100 toneladas no valor de 491,7 milhões de euros. É uma quebra de 1% em volume e um crescimento de 3% em valor. Números que escondem realidades diferentes nos vários subsetores. Ou seja, as exportações de vestuário estão em linha com o período homólogo, as de matérias têxteis estão a crescer 5% e as de têxteis-lar e outros artefactos têxteis confecionados registam um acréscimo de 14%.Em termos de mercados, destaque para o crescimento de 9% nas vendas para Espanha, de de 2%, respetivamente, para França e Alemanha, e de 7% para os EUA.

"Parte do produto que exportamos para França e Itália é reexportado para os Estados Unidos, o que significa que vamos ser impactados direta e indiretamente", explica Mário Jorge Machado, que dá conta que, dos sete mil milhões de euros de artigos de vestuário e têxtil que a União Europeia vende para os EUA, cerca de 500 milhões são a parcela portuguesa. "Um decréscimo de 30% teria um impacto gigantesco", frisa. A grande incógnita é o que acontecerá daqui por 90 dias. Uma coisa é certa, "quem vai pagar o acréscimo de tarifas "são os importadores e, por consequências, o consumidor americano", frisa.
Quanto ao pacote anunciado pelo governo para ajudar a minorar o impacto desta guerra comercial das empresas, o presidente da ATP diz que "vai na direção certa", mas que "são tudo medidas que levarão tempo" a surtir efeito. "Idealmente deveria haver alguns apoios a fundo perdido", porque as empresas, ainda a pagar os créditos do tempo da pandemia, "têm muito afetada a sua capacidade para se financiarem".

No calçado, que já deixou claro que não desistirá do mercado americano, o tempo é de expectativa. As exportações totais estão a crescer quase 7%, num total de 311,7 milhões de euros, embora as que têm por destino os Estados Unidos estejam a recuar 3,3%. Paulo Gonçalves, porta-voz da associação do setor, a APIC- CAPS, diz que a indústria tem vindo a investir cerca de um milhão de euros ao ano em promoção no mercado americano, uma estratégia que vai continuar. Este ano, além de presença em feiras em Nova Iorque, Atlanta, Chicago e Las Vegas, o calçado tem previsto organizar, em junho, com a Vogue americana uma conferencia para dar a conhecer o made in Portugal. Evai trazer importadores a visitar fábricas portuguesas. "Por princípio somos a favor do comércio livre, justo e equilibrado, e contra medidas protecionis- tas. Diretamente, a situação tanto nos afetará a nós como aos nossos mais diretos concorrentes, Itália e Espanha, mas indiretamente tememos que, sem poderem escoar os seus produtos para os EUA, os chineses se virem para a UE, e isso é um efeito colateral que ainda não conseguimos avaliar", frisa.

Também a indústria da madeira e do mobiliário considera que é "demasiado cedo" para avaliar os efeitos de uma eventual guerra comercial global. E se há quem tenha os clientes a suspender encomendas, também há os que anteciparam compras para fugir às tarifas. Vítor Poças, presidente da AIMMP assegura que a aposta nos EUA é para manter. A ambição continua a ser crescer em 'terras do Tio Sam', um mercado que vale cerca de 140 milhões de euros para o setor. Sobre os apoios anunciados, a AIMMP duvida da sua eficácia. "O problema não está na vontade do Governo ou no mérito do programa, o sistema administrativo do Estado está montado de tal forma que isto não acontece, não se executa. Mais importante do que os montantes, é a velocidade a que conseguem pagar às empresas e os atrasos são conhecidos", frisa.

"Temos de aprender com a História.Em 1828 e em 1930, a administração americana decidiu, nos mesmos moldes, aplicar tarifas alfandegárias muito elevadas. E, em cada um dos casos, isso levou quatro anos a ser revertido", diz o porta-voz da APICCAPS.

"Mais importante do que os montantes, é a velocidade a que conseguem pagar às empresas e os atrasos são conhecidos", diz o presidente da AIMMP, que considera que "da forma que o sistema está montado", não há forma de executar os programas.

Contactos

(+351) 808 214 214

Disponível de segunda a sexta, das 9h30 às 12h30 e das 14h30 às 17h30 (GMT +00h00)

aicep@portugalglobal.pt
Sobre a AICEP Media Notícias Agenda Contactos

Siga-nos

Apoios

República Portuguesa União Europeia PRR
Livro Amarelo Eletrónico Termos e Condições Política de Privacidade Política de Cookies
AICEP © 2025 Todos os direitos reservados.