Relações comerciais entre as empresas ibéricas e africanas

A Associação Iberoafricana de Câmara de Comércio (AFRICO), lançada este mês em Madrid (na Câmara de Comércio de Espanha), foi criada no sentido de reforçar as relações comerciais entre a Península Ibérica e África.
Os associados fundadores da AFRICO são a Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), a Câmara de Comércio de Espanha, a Câmara Oficial de Comércio, Indústria, Serviços e Navegação da Gran Canária, e a Federação de Câmaras de África Ocidental, que agrupa Câmaras de Comércio de 20 países africanos.

Os objetivos da associação passam por promover o estabelecimento de relações comerciais “sólidas e sustentáveis entre as empresas ibéricas e africanas; facilitar o intercâmbio de informação, experiências e melhores práticas entre as Câmaras de Comércio dos países envolvidos; impulsionar a cooperação em projetos de desenvolvimento económico e empresarial que beneficiem estas regiões”.

Esta nova associação pretende ainda “servir de plataforma para a identificação de oportunidades de negócio, a realização de eventos comerciais e a promoção de investimento; Estabelecer uma comunicação direta com organismos multilaterais para aproximar estas entidades às câmaras de comércio que fazem parte da AFRICO; Promover a segurança jurídica nas relações comerciais em cada região”.

No lançamento da AFRICO, e em representação da Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP), esteve o vice-presidente, Nuno Pinto de Magalhães, e o secretário-geral, João Pedro Guimarães.

“A criação da AFRICO vai permitir reforçar a colaboração público-privada. Além disso, a união que se estabelece entre as câmaras de comércio de Portugal, de Espanha e de África (Ocidental e não só, estando prevista também a possibilidade de entrada dos PALOP’s, trará grandes benefícios às nossas empresas e à nossa economia”, disse Nuno Pinto de Magalhães.

Já João Pedro Guimarães salientou que “este é um momento importante para a CCIP, pois marca mais um passo no sentido de uma ainda maior contribuição para o desenvolvimento das nossas empresas, abrindo novas portas e novas oportunidades, e para o crescimento da economia dos países representados”.

Quanto ao presidente da Câmara de Comércio de Espanha, José Luis Bonet, considerou que o mapa geoestratégico “está a mudar rapidamente e a tornar-se cada vez mais dividido” entre os Estados Unidos e a China.

“A União Europeia tem de reforçar a sua posição no mundo e pode fazê-lo através de África e América Latina, tendo Portugal e Espanha como pontes naturais”, disse José Luis Bonet.