A CI&T, especialista global em transformação tecnológica, lançou um novo relatório intitulado “In the Uncanny Valley: Replace Fear in AI with Trust”, que explora como as empresas podem maximizar o valor da Inteligência Artificial (IA) se se focarem na qualidade dos seus dados e promoverem uma sinergia eficaz entre a inteligência humana e as capacidades exponenciais da IA.
O documento também evidencia que, embora a IA tenha o potencial de transformar completamente as operações empresariais, a sua adoção está a ser dificultada por obstáculos substanciais, como a gestão dos dados e a confiança na utilização da própria tecnologia.
O papel crucial dos dados na adoção bem-sucedida da IA
A CI&T aponta que a principal barreira para a adoção eficaz da IA é a falta de qualidade dos dados nas empresas. De facto, segundo um estudo do MIT, 72% dos líderes tecnológicos afirma que questões relacionadas com dados, como a velocidade de processamento, a governança e a qualidade, são os maiores impedimentos para atingirem as metas de IA nas suas organizações. Para além disso, as empresas que não investem em dados adequados e na correta utilização destes estão a perder oportunidades de geração de valor.
Este relatório permite perceber que, apesar da abundância de dados no ambiente digital, muitas empresas ainda falham quando se trata de desbloquear o seu verdadeiro potencial. A falta de governança e de uma abordagem estratégica para integrar a IA impede que tirem partido das oportunidades que a tecnologia oferece.
A colaboração humano-máquina como vantagem competitiva
Outra das conclusões é que o verdadeiro valor da IA não reside na sua capacidade de substituir tarefas humanas, mas sim em complementar e amplificar as capacidades humanas.
Neste sentido, a CI&T aborda o conceito de "inteligência colaborativa", com a IA a funcionar como um parceiro estratégico que acelera a tomada de decisões e impulsiona a inovação. Um exemplo claro desta colaboração foi demonstrado num projeto da CI&T com a Nestlé, no qual uma solução de machine learning otimizou recomendações de produtos, resultando num aumento de 6% nas vendas em apenas seis meses.
Para explorar ainda mais este potencial, a CI&T lançou recentemente a ferramenta CI&T FLOW, que conta com agentes colaborativos de IA que trabalham de forma harmoniosa com agentes humanos durante todo o ciclo de vida de uma solução digital, desde o design à operação. Estes agentes personalizáveis, munidos de diversas competências e conhecimentos, possibilitam um enorme passo em frente para os clientes em termos de produtividade, qualidade e agilidade.
A confiança como pilar da implementação de IA
Embora os avanços tecnológicos sejam promissores, o relatório alerta para o facto de que muitas empresas ainda hesitam em adotar IA devido à desconfiança e falta de compreensão das suas capacidades.
A CI&T defende que um dos maiores desafios da transformação digital é cultivar uma cultura organizacional centrada nos dados, na qual as equipas se sintam capacitadas para utilizar a IA de forma segura e eficaz. Para tal, é essencial que invistam na formação dos colaboradores, para que compreendam tanto as possibilidades como as limitações da tecnologia.
A transformação digital no futuro próximo
Finalmente, e ainda de acordo com o relatório, o impacto da IA nas organizações já se faz sentir: o índice S&P 500 registou uma subida média de 11% nas ações das empresas que apostam em IA desde o início do ano. Neste sentido, a CI&T alerta que as empresas que não acelerarem a sua transformação digital correm o risco de perder competitividade.
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Inovação
CI&T lança relatório sobre Inteligência Artificial
Especialista em transformação tecnológica revela como as empresas podem maximizar o valor da IA.
CI&T/AICEP
02 out. 2024