Como é que tem evoluído o cluster?
A ideia surge em 2016 como resultado da fusão de três associações. As pessoas eram as mesmas, iam às mesmas reuniões, mas por diferentes associações, mas no final, cada vez mais se percebia que as áreas intercalavam-se, portanto, articulavam-se muito bem. Há muita simbiose. O cluster facilitou o trabalho e ganhámos dimensão. A faturação atual está em 2,1 mil milhões de euros.
A faturação conjunta?
Conjunta. E as próprias empresas têm atividades na área do espaço, na aeronáutica, na marinha, com o exército. Há muito dual use de tecnologias. E isso é transversal a todas as empresas. Muitas vezes é difícil separar o que é que é defesa, aeronáutica, espaço. O que é bom.
Mas há alguma tendência de algum setor que se desenvolva mais?
Os três setores desenvolveram-se muito bem, mas de formas diferentes. A partir de 2012, com o estabelecimento de duas fábricas da Embraer em Évora houve um grande investimento no desenvolvimento de etruturas aeronáuticas em Portugal. Na componente do Espaço, as empresas portuguesas já são integradoras finais. Desenvolvem e operam satélites. O espaço tem uma multiplicidade de utilizações e dinâmica. 75% das empresas do cluster trabalham nessa área. Mais de 1.500 postos de trabalho, com um forte crescimento. E tem sido um dinamizador enorme para outros segmentos de mercado. Há muita tecnologia espacial que vai para a aeronáutica e para a defesa.