O dstgroup inicou a sua atividade nos anos 40 com a extração de inertes. Desde então, tem vindo a diversificar sua atividade. Atualmente atua em seis áreas de negócio – Engenharia e Construção, Ambiente, Energias Renováveis, Telecomunicações, Real Estate e Ventures. A área de Engenharia e Construção representa cerca de 80 por cento do volume de negócios do grupo, que em 2024 ultrapassou os 600 milhões de euros.
O dstgroup é um grupo de origem familiar com sede em Braga e está dividido por subholdings dedicadas às várias áreas de negócio. Atualmente tem cerca de 3.600 trabalhadores, grande parte na área de engenharia. É esse o negócio principal do grupo, no qual este tem vindo a alargar as suas competências.
A construção é uma das principais atividades do grupo e centra-se na área habitacional, edifícios públicos ou requalificação histórica. “A nível internacional desenvolvemos vários projetos de elevada complexidade, alguns deles vencedores de prémios internacionais, como a obra do Hipódromo de Longchamp, em Paris, vencedora do European Steel Design Awards”, recorda João Matos, administrador do dstgroup. Destacam-se também os projetos de construção de dois hospitais em Angola, num valor de cerca de 67 milhões de euros.
O dstgroup tem apostado na construção industrial para dar resposta ao problema da oferta na área da habitação. “A solução industrial que estamos a desenvolver permite aumentar a oferta de uma forma mais célere, eficiente e sustentável”, sublinha João Matos. O grupo também tem promovido diversas iniciativas internas com o objetivo de reduzir a pegada carbónica, como a instalação de painéis fotovoltaicos no campus em Braga que permitiu uma redução anual de cerca de 350 toneladas de emissões de CO2.
O processo de internacionalização do dstgroup começou em 2007 com a entrada em Angola, onde a empresa mantém uma forte presença. Em 2012 entrou no mercado francês, onde estabeleceu parcerias com os principais players do mercado na área da engenharia e construção. “Ao longo dos anos, fomos alargando a nossa presença a nível internacional, com enfoque no mercado europeu, e atualmente temos operação em cerca de dez países, para além de Portugal”, adianta João Matos.
Numa fase inicial o grupo optou por um mercado com uma grande proximidade histórica e cultural com Portugal, como é o caso de Angola. Depois, tendo em conta o contexto do mercado cambial e de gestão de risco, optou por expandir a atividade internacional para mercados mais maduros e estáveis,
nomeadamente na Europa. “A estratégia de entrada passou por uma aproximação aos principais players do setor da engenharia e construção nos diversos países, e por apostar na participação em projetos com elevada sofisticação e complexidade para aumentar a nossa notoriedade”, refere o administrador do dstgroup. Atualmente o dstgroup é líder da Agenda Mobilizadora do PRR R2UTechnologies | modular system, dedicada à construção industrial, que agrega 48 entidades. O objetivo é desenvolver um novo conceito que transforme a forma como se constrói edifícios. No âmbito desta agenda foi celebrada uma parceria com o arquiteto Norman Foster para a construção de um protótipo à escala real de 4.000 m2, no sentido de explorar soluções inovadoras para o setor da construção, com base numa solução industrial.
Uma das principais apostas do dstgroup é exatamente a construção industrial. “Com a marca Zethaus pretendemos liderar o futuro do setor da construção, através de uma solução industrial inovadora e sustentável. A nossa perspetiva é que esta nova área de negócio venha a ter um volume de exportação entre 60 por cento a 70 por cento”, prevê João Matos. “A área da transição energética é outra prioridade do grupo, materializando-se numa unidade industrial dedicada à reciclagem de baterias em fim de vida, bem como na implementação de soluções de armazenamento de energia”, adianta.
A par do desenvolvimento do negócio está também a adoção de políticas de responsabilidade social e culturais. “A cultura tem um valor económico incontornável. No caso do dstgroup, sentimos que este compromisso com a cultura, para além do impacto social que gera, tem reforçado a confiança dos nossos clientes na forma como trabalhamos. Um dos símbolos maiores deste apoio é o nosso prémio de literatura que assinalou este ano o seu 30º aniversário. Desde 2019, promovemos um galardão semelhante em Angola, em parceria com o Instituto Camões”, recorda João Matos.
O Top Employer Institute distinguiu recentemente o dstgroup como uma das melhores empresas para trabalhar, pelo terceiro ano consecutivo. “É algo que prova o nosso comprometimento com o bem-estar dos trabalhadores e a excelência das nossas políticas de recursos humanos”, adianta João Matos. “Os trabalhadores estão, sem dúvida, no centro de toda a nossa estratégia. Sendo a produtividade um fator fundamental no nosso negócio, reter os trabalhadores é um pilar fundamental para mantermos níveis de produtividade elevados”.