De acordo com o Expresso, indústria portuguesa de calçado tem nova estratégia para crescer: Concorrer com Itália no segmento de luxo. “A qualidade dos nossos produtos tem de atingir patamares superiores”, defende APICCAPS.
As contas são fáceis de fazer. Em 2013, havia 12,1 euros a separar o preço médio na exportação por par de sapatos entre Portugal e Itália. Em 2023, a diferença passou a ser de 38,9 euros. Enquanto o Made in Italy ganhou em média 88% por par na última década, ao saltar dos 35,4 euros para os 66,6 euros, o Made in Portugal ficou pelos 19% (23,3 euros vs 27,7 euros).
É verdade que o registo nacional de 27,7 euros por par é o segundo preço médio mais alto do mundo, apenas batido por Itália. Mas também é verdade que “a diferença entre os dois países é grande“.
“Basta pensar no impacto desta diferença nas exportações de uma fileira que exportou cerca de dois mil milhões de euros em 2023 para percebermos que com um ritmo de crescimento similar ao de Itália, a indústria nacional de calçado estaria a exportar mais 50% ou 1,2 mil milhões de euros”, comenta ao Expresso Paulo Gonçalves, diretor de comunicação da associação sectorial APICCAPS, com base nos números do estudo “Os caminhos da indústria do calçado em direção ao luxo”, da consultora EY Parthenon, que será apresentado esta quarta-feira, no Porto.
E se 43% das empresas portuguesas do sector vendem ou já venderam calçado no segmento de luxo nos últimos 5 anos, Itália, sozinha, tem uma quota de 53% no mercado dos sapatos de luxo, avaliado em 31,7 mil milhões de dólares (29,24 milhões de euros ao câmbio atual), apesar de valer apenas 1% nas vendas globais de 398 mil milhões de dólares (367 mil milhões de euros) do sector.
As contas são fáceis de fazer. Em 2013, havia 12,1 euros a separar o preço médio na exportação por par de sapatos entre Portugal e Itália. Em 2023, a diferença passou a ser de 38,9 euros. Enquanto o Made in Italy ganhou em média 88% por par na última década, ao saltar dos 35,4 euros para os 66,6 euros, o Made in Portugal ficou pelos 19% (23,3 euros vs 27,7 euros).
É verdade que o registo nacional de 27,7 euros por par é o segundo preço médio mais alto do mundo, apenas batido por Itália. Mas também é verdade que “a diferença entre os dois países é grande“.
“Basta pensar no impacto desta diferença nas exportações de uma fileira que exportou cerca de dois mil milhões de euros em 2023 para percebermos que com um ritmo de crescimento similar ao de Itália, a indústria nacional de calçado estaria a exportar mais 50% ou 1,2 mil milhões de euros”, comenta ao Expresso Paulo Gonçalves, diretor de comunicação da associação sectorial APICCAPS, com base nos números do estudo “Os caminhos da indústria do calçado em direção ao luxo”, da consultora EY Parthenon, que será apresentado esta quarta-feira, no Porto.
E se 43% das empresas portuguesas do sector vendem ou já venderam calçado no segmento de luxo nos últimos 5 anos, Itália, sozinha, tem uma quota de 53% no mercado dos sapatos de luxo, avaliado em 31,7 mil milhões de dólares (29,24 milhões de euros ao câmbio atual), apesar de valer apenas 1% nas vendas globais de 398 mil milhões de dólares (367 mil milhões de euros) do sector.
