As empresas portuguesas estão a dar cartas fora de Portugal, como é o caso da Martifer que foi responsável pela construção e montagem do teto do estádio Santiago Bernabéu, em Madrid.
No XV Congresso de Construção Metálica Mista e, em paralelo, do I Congresso de Engenharia de Fachadas – uma organização da CMM – Associação Portuguesa de Construção Metálica e Mista, de que o Jornal Económico é media partner, Alejandro Lorca, arquiteto e diretor da L35, responsável pela construção da fachada no âmbito da remodelação do mítico estádio do Real Madrid, um projeto que considerou como “desafiante”.
Apesar da reforma da fachada ter estado ao encargo da empresa espanhola, a portuguesa Martifer teve oportunidade de contribuir para a nova imagem do estádio, que contou com diversos testes, nomeadamente de reflexo, para não “incomodar os vizinhos”.
Outra empresa que tem singrado lá fora é a portuguesa By Steel, que pertence ao grupo dst, e que está responsável por um projeto de construção de gares da linha 18 em Paris. Tiago Silva, administrador e diretor técnico do departamento de Fachadas da By Steel, afirmou que “França está com uma grande aposta na malha urbana”.
Para além de estar responsável por este projeto a empresa continua a ser distinguida internacionalmente, tendo este ano conquistado o European Steel Design Award 2025, com o hotel londrino The Emory Hotel.
Futuro das fachadas também passa pela sustentabilidade
Para o professor da universidade de Delft, Mauro Overend, à necessidade de ser mais eficiente nas fachadas, e tal passa pela “reutilização e reciclagem”. Há várias formas de reciclarmos e reutilizarmos, uma das formas que já está a ser utilizada é através da utilização de restos agroalimentares ara criar novos produtos, como azulejos.
Já James O’Callaghan, professor da universidade de Delft, sublinha que as fachadas também estão associadas à transparência, sendo que o vidro se torna numa peça fundamental. O professor foi responsável pela criação de várias lojas da Apple, todas feitas em vidro, que na sua opinião “vai continuar a fazer parte do nosso futuro”.