"No caso do BES, o impacto [de um ‘deafult' na Grécia] seria nulo porque o BES não tem qualquer exposição à Grécia. O BES não só não tem exposição à Grécia, como também não tem exposição à dívida espanhola e italiana", disse o gestor em entrevista à agência Reuters, onde saiu em defesa dos ‘eurobonds'.
"Deveria ser equacionada, em complemento à solução ‘eurobond' com a consolidação fiscal europeia, um quantitative easing semelhante ao efectuado nos EUA", argumentou o administrador financeiro do BES, acrescentando que "a implementação da solução eurobond poderia começar pelas emissões de curto prazo, onde se verifica diferenciais menores entre os ‘yields' dos vários soberanos europeus".
Amílcar Morais Pires sublinhou ainda que "a zona euro como um todo está financiamento mais equilibrada do que os EUA" e criticou "a incapacidade da Europa responder de forma concertada aos ataques especulativos sobre o euro, permitindo que economias com a dimensão da Itália e da Espanha sejam profundamente afectadas".