As oportunidades passam por uma estratégia de abordagem direta, por marca, no canal online, assim como na subcontratação de algumas marcas norueguesas que procuram Portugal pela qualidade, flexibilidade e quantidade de encomendas. Como setores de elevado potencial, salientamos, entre outros, o marítimo, saúde, energias renováveis (CleanTech), TIC, agroalimentar, moda e design.
A pandemia COVID-19 veio dar ainda maior relevo aos mercados europeus clientes das empresas exportadoras portuguesas, assim como Portugal se assume como um mercado de maior interesse como destino do investimento europeu. A “desglobalização”, o aumento do protecionismo, o levantamento de barreiras oficiais e de barreiras indiretas, o encerramento (mesmo que temporário) de fronteiras, as dificuldades de comunicação, as preferências por produção e investimento europeus, o domínio crescente do nearshore, as políticas sustentáveis e verdes (onde a Europa domina), a digitalização da economia e o e-commerce, são as principais razões para isto. A Noruega integra este clube de mercados.
É um país com uma política externa característica que, apesar de não integrar a União Europeia, pertence ao Espaço Económico Europeu e a várias organizações políticas mundiais, como a NATO. Marcado por uma elevada estabilidade social e política, e com um lugar de destaque na economia mundial, a Noruega é um mercado atraente e seguro, situando-se na 9ª posição (entre 190 países) no Índice Ease of Doing Business (Banco Mundial), na 20ª posição (entre 132 países) no Índice Global de Inovação (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), e na 4ª posição (entre 180 países) no Índice Perceção de Corrupção (Transparency International).
Depois de uma quebra no PIB de menos 1,3 por cento em 2020, o Statistics Norway revelou dados de um crescimento económico de 3,9 por cento em 2021, sustentado no aumento da procura interna e externa. O levantamento das restrições nos países vizinhos, a par da recuperação do comércio mundial, continuará a impulsionar o crescimento das exportações não petrolíferas e encorajar a atividade industrial. Por outro lado, a pandemia acelerou tendências estruturais que podem ameaçar os setores chave da economia da Noruega, como são os casos do petróleo e do gás.
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