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Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal

CABEÇALHO

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, no dia 11 de abril, o seu último relatório World Economic Outlook, projetando que haverá uma recuperação económica global dos efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia. Notando que se sentem melhorias ao nível das disrupções nas cadeias de abastecimento, o documento destaca o aperto das políticas monetárias na maioria dos países como impulsionador da recuperação, com expectativas de desaceleração da inflação.

O relatório indica que os mercados emergentes estão a ganhar força, enquanto as economias avançadas, especialmente a Zona Euro e o Reino Unido, estão a sofrer um abrandamento. O crescimento global atingirá o seu ponto mais baixo em 2023, crescendo apenas 2,8 por cento, antes de subir para 3,0 por cento em 2024. Espera-se que a inflação diminua globalmente, embora a um ritmo mais lento do que o inicialmente previsto, de 8,7 por cento em 2022 para 7,0 por cento este ano e 4,9 por cento em 2024.

 

Espera-se que o Reino Unido tenha o desempenho mais fraco no grupo dos países ricos do G7, com uma contração de 0,3 por cento do PIB em 2023, de acordo com o FMI. O City AM informa que o Reino Unido deverá ter a recessão mais prolongada entre os seus pares. O PIB real do RU deverá recuperar gradualmente nos próximos anos, prevendo-se que atinja 1 por cento em 2024 e 1,5 por cento em 2028.

 

O Chanceler Jeremy Hunt afirma que a previsão do FMI apresenta uma melhoria significativa da contração de 0,6 por cento anunciada em janeiro, o que demonstra que o país está no bom caminho para o crescimento económico. Hunt acrescenta que “mantendo o plano, vamos reduzir a inflação para mais de metade este ano, aliviando a pressão sobre todos”. Contudo, este otimismo não é partilhado pelo Partido Trabalhista com Rachel Reeves, do partido da oposição, a dizer que “as previsões do FMI mostravam até que ponto a Grã-Bretanha continuava a ficar para trás na cena mundial”, segundo o The Guardian.

 

O Financial Times relata que a inflação continua a ser uma preocupação, com o Banco de Inglaterra a ter a campanha de subida das taxas de juro mais agressiva desde os anos 80. O Banco subiu as taxas de juro de 0,1 por cento em dezembro de 2021 para 4,25 por cento em março de 2023. A inflação não é um problema apenas do RU, com a zona euro a registar taxas de inflação de quase 7 por cento e alguns estados-membros a atingir taxas próximas dos 15 por cento. A taxa de inflação do Reino Unido está acima dos 10 por cento, exercendo pressão sobre os orçamentos familiares.

 

Contrastando com a contração britânica, a economia portuguesa deverá crescer 1 por cento em 2023, 1,7 por cento em 2024 e 1,9 por cento em 2028, de acordo com o World Economic Outlook.

 

Consulte esta tabela comparativa sobre a Variação Anual (2022-2024) entre Portugal e o Reino Unido.

 

Fontes: FMI, City AM, The Guardian, Financial Times

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