Na Europa de Leste, por exemplo, há várias oportunidades em aberto. Com esta convicção, mais de 10 empresas de calçado, nomeadamente as marcas de maior expressão viajam, já em novembro, para a Hungria, numa ação comercial empreendida pela APICCAPS em parceria com a AICEP e o apoio do programa Compete.
"A Hungria, com 93 mil quilómetros quadrados e 10 milhões de habitantes, é na Europa, quanto a dimensão e população, um dos países que mais se assemelha a Portugal. Tem um posicionamento privilegiado na Europa Central, faz fronteira com 7 países, 5 dos quais da UE e é também, potencialmente, para o comércio e os negócios, um importante país "ponte e porta de entrada para os mercados vizinhos”, considera Joaquim Pimpão.
De acordo com o responsável da AICEP na Hungria, “a capital Budapeste, que representa cerca de 1/4 da população, é uma cidade dinâmica e cosmopolita, que não fica nada a dever a outra grande capital europeia. Além disso, pela sua "movida", está na moda e é um dos destinos preferidos da juventude”.
Joaquim Pimpão lamenta que, “a presença de Portugal no mercado seja residual”. Assim, este “regresso à Hungria pela mão da APICCAPS, com o apoio da AICEP, é um momento muito especial, seja para relançar - como se pretende-as exportações do calçado português, seja para tomar pulso e passar a conhecer melhor a realidade deste mercado da Europa Central”.
No Leste da Europa, a Hungria é um dos países que desperta mais curiosidade. Não obstante o PIB per capita relativamente baixo de 17 301 dólares (que compara, por exemplo, com 24 522 de Portugal ) tem vindo a crescer de forma sustentada (mais de 18 por cento nos últimos cinco anos, cerca do dobro do crescimento português).
Ao nível do setor do calçado, e ao contrário do que seria expectável, a sua indústria não evoluiu de forma muito expressiva, pelo que são produzidos anualmente apenas 13 milhões de pares de calçado. Já os importações têm vindo a aumentar de forma expressiva, ascendendo em 2022, de acordo com o World Footwear, a 60 milhões de pares, no valor de 691 milhões de euros.
Nesta ação de charme do calçado português na Hungria, que se realizará nos dias 20 e 21 de novembro, para além de uma exposição comercial destinada aos profissionais húngaros, está previsto um contacto direto com o setor retalhista, através da organização de um programa orientado de visitas.