Cerca de um quarto do total de desempregados no segundo trimestre de 2021 na União Europeia (UE) arranjou emprego no terceiro trimestre. Assim o mostram os
dados do Eurostat, divulgados esta quinta-feira.
Segundo o Eurostat, 3,8 milhões de desempregados (24,4% dos desempregados no segundo trimestre de 2021) encontraram emprego no terceiro trimestre do ano passado.
Ainda assim, oito milhões de pessoas permaneceram desempregadas (51,6% do total de desempregados entre abril e junho de 2021) e 3,7 milhões de desempregados (23,9%) tornaram-se economicamente inativos. Para o gabinete estatístico europeu, inativo é alguém fora do mercado de trabalho, que não está nem empregada nem à procura de trabalho, como os estudantes ou reformados.
De notar que estes dados dizem respeito às pessoas entre os 15 e os 74 anos, abrangendo assim algumas das faixas etárias onde mais depressa as pessoas se enquadram como “inativas”. Por exemplo, em Portugal a idade legal para trabalhar é 16 anos e a reforma podia ser pedida a partir dos 66 anos e meio em 2021.
Adicionalmente, o Eurostat indica que entre os empregados no segundo trimestre de 2021, 1,4% (2,7 milhões de pessoas) ficaram desempregadas e 2,8% (5,5 milhões) tornaram-se inativas. Já dos que eram considerados inativos, 5% (5,9 milhões) arranjou emprego e 3,2% (3,9 milhões) passou para o desemprego.
Contas feitas, no final de setembro a UE tinha 189 milhões de empregados, oito milhões de desempregados e 109,7 milhões de inativos.
Portugal entre os que mais aumentaram o emprego
Analisando apenas a população entre os 20 e os 64 anos, os dados do Eurostat mostram que, depois da queda do final de 2020 para o primeiro trimestre de 2021 (altura de vários confinamentos pela Europa), desde o início de 2021 que a taxa de emprego está a aumentar na UE. No terceiro trimestre a UE atingiu uma taxa de 73,5% de pessoas empregadas.
Em Portugal a taxa está acima da média europeia, fixando-se em 76,1% (a 14ª maior da UE). Portugal teve, aliás, o quinto maior aumento da taxa de emprego no terceiro trimestre face ao trimestre anterior (0,9%). No mesmo nível que Portugal encontram-se Itália, Bélgica e Estónia.
À frente de Portugal encontram-se a Grécia (com um aumento de 1,8%, para 63,6%), Chipre (1,6%, para 76,7%), Irlanda (1,5%, para 75,2%) e Áustria e Lituânia (ambas com um aumento de 1,1%, para 76,1% e 78,3%, respetivamente).
Pelo contrário, a taxa de emprego ficou igual, face ao segundo trimestre de 2021, na Bulgária e Croácia e diminuiu na Finlândia (-0,2%).