"O crescimento oferece uma janela de oportunidade para fortalecer a resiliência macroeconómica, e o Fundo vai ajudar os seus membros a calibrarem uma política adequada às circunstâncias de cada país", disse Christine Lagarde na conferência de imprensa que decorreu ao princípio da tarde, em Washington.
"O sol está a brilhar, mas vemos mais nuvens a acumularem-se no horizonte, e é quando o sol brilha que se deve arranjar o telhado", acrescentou a diretora-geral do Fundo, notando que "todos os países precisam de fazer mais para sustentar e potenciar o crescimento de longo prazo".
A líder do FMI considerou que as duas principais nuvens que, "apesar de o sol estar a brilhar, estão a acumular-se no horizonte" são o aumento da dívida global para 164 biliões de dólares, equivalente a 225% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, e a descida no empenho sobre a cooperação internacional, "que serviu tão bem por gerações, reduzindo a pobreza e aumentando o progresso, e que está a ser questionado, principalmente no comércio".
As recomendações, concluiu Christine Lagarde, resumindo as sugestões já apresentadas nos relatórios divulgados esta semana, passam pela aceleração das reformas estruturais, a construção das folgas orçamentais para criar espaço de manobra e a rejeição das medidas de protecionismo".