Ao final de um ano no ranking das economias fortemente inovadoras da Europa, Portugal sai da tabela para entrar na “segunda divisão” das “moderadamente” inovadoras, caindo sete posições, aquela que é a primeira inversão na trajetória ascendente desde 2014, aponta hoje o Público.
“Há um ano, a economia portuguesa estava no 12.º lugar entre todas as da União Europeia (UE). Era a última das fortemente inovadoras, fazendo companhia a Estónia, França, Irlanda, Áustria, Alemanha e Bélgica. Já neste ano, Portugal cai para 19.º, penúltimo do grupo das moderadamente inovadoras, apenas à frente da Grécia neste lote. Passou a fazer companhia à Lituânia, República Checa, Espanha, Eslovénia, Malta, Chipre e Itália”, explica o mesmo jornal.
Comparando com a União Europeia, Portugal fica mais longe da média em 2021. Num ano em que o número de indicadores medidos subiu de 26 para 32, o país piora a situação face à média em 12 desses 32 critérios.
Apesar deste recuo no European Innovation Scoreboard 2021 (PDF completo aqui), “Portugal até melhorou em 18 desses 32 indicadores. Incluem-se aqui factores dos quatro eixos de avaliação: contexto (educação terciária — novos doutorados em ciência e tecnologia e população com ensino terciário); investimento (apoio público à investigação e desenvolvimento em empresas); inovação (mobilidade laboral em Ciência e Tecnologia); e impacto (tecnologias de âmbito ambiental)”, acrescenta o mesmo jornal.
A atractividade do sistema de investigação o índice de digitalização (ambos indicadores de contexto) e o uso de tecnologias de informação (indicador de inovação) continuam a ser fatores fortes na inovação em Portugal.
O Público esclarece por isso que a descida de sete lugares é justificada pela “mudança de critérios (sendo a mais relevante a subida do limiar de desempenho a partir do qual uma economia é considerada fortemente inovadora), bem como um alargamento da amostra das empresas”.